URBANOIDE
Desconhecendo seu
reflexo na vitrine segue o urbanoide
Assombrado com
tamanho desajuste
Fascinado com o óbvio
Se rebaixa para
mendigar elogios.
Mente quando
necessário for
Em nome da vantagem e
do anonimato busca se expor, que seja ao ridículo.
Quer ser ouvido sem
ter o que dizer.
Reza o diário em
chavões e vácuos
Enlatado feito
sardinha, ainda assim se exalta.
Gordo feito gado.
Orgulho a cada gole.
Soluços em torpes
palavras, quase vomita uma verdade, em vergonha, engole.
Em meio a mimos mama
mentira repleta de enfeites e absurdos; sem mais estômago.
PAULO PASSOS
29/06/2019