Não há mais
novidades?
Não há mais
horizontes?
As velhas perguntas
nunca foram respondidas
As novas respostas
servem para fundamentar incertezas
E nesse joguinho
saltam de ponta os intelectuais.
Bebem da relatividade
para justificar a ignorância.
Imaculado senso
comum. E por que não?
Já estão embriagados.
Não querer saber é
bonito.
O belo é o ignorante.
Signo e símbolos de
misturam.
Não posso confiar,
Não sei mais o que sou
Não sei mais do que
gosto.
Não sou mais o que
era,
Não sei mais nem se
posso.
Diplomado ignorante,
A cartilha do
estudante.
Não há mais novidades
As surpresas são
previstas,
Tem mentira nas
estantes.
PAULO PASSOS
27/10/2019