sábado, 7 de setembro de 2019

EM SÃ DESCIDA



Em ardente sobriedade você ateia fogo no próprio espirito
Corpo e movimento em ascensão,
Ode à nova deusa que se mostra confortante,
Deita-se com ela, o prazer ela garante.
Quando não mais prazer, o tédio
Muda de posição e de semblante, toma remédio.
Sofrimento, o preço que se paga.
Quem disse que nunca morre a pobre alma?
“É inútil falar sobre isso!”
Esbraveja o professor, aquele que professa as maravilhas dessa técnica.
Falso profeta! Quando em guerra a quem recorre?
Quem disse que a alma nunca morre?
A queda é livre, doce queda e torna-la um fim, é um meio de ignorar a verdade: o chão é duro.
Procrastina os problemas aquele que não enxerga.
Cego de propósitos, em livre queda.



PAULO PASSOS
06/09/2019


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