Ficar um tempo com os dispositivos
desligados tem sido dos mais produtivos desafios.
Ficar um tempo em silêncio, isolado, tem
sido se libertar do sacrifício.
Quem dirá o contrário? Essa brincadeira de
séries mal feitas longe foi.
Esse canto desafinado e sem letra é
mascarado pelo ritmo das máquinas.
Atrai a todos pelo estômago.
“Pela boca morre o homem.”
Eles de fato descobriram isto.
Pensar sobre isso é tão óbvio e tão claro
que nos cega.
De volta à escuridão, nas mídias a
navegar, em busca de não sei o que.
No labirinto de espelhos infinitos, o
discurso vem de todos os lados.
Cai rendido, desarmado o desalmado e
vendido cidadão.
Embriagado de informações caluniosas
guarda o argumento X e Y.
Dá-lhe contradição, iguaria social,
presente sempre à mesa a temperar a refeição.
PAULO PASSOS 12/04/2020
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