sábado, 15 de agosto de 2020

DISTANTE

 

Desse tanto, tonto.

Destoante eu tento

Nova tinta em traços tortos.

Esse tom trítono,

Tenta triturar a harmonia,

Mas anuncia novos campos.

Tritura o passado, de seus frangalhos, novos castelos.

Mesmos erros sempre, em torno dos mesmos vícios.

Civilização e barbaridade  são facetas de um mesmo corpo.

Esse ciclo de dor e prazer...

Ardor da crise constante do ser,

Chama que garante o devir,

Chama-me pelo nome a refletir,

O espetáculo que de longe vislumbrei.

 

 

PAULO PASSOS

01/08/2020

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