É com ele que me entrego aos mares, seja de ilusões, medos, incertezas e êxtases.
Não se afunda, talvez pelo seu tamanho, sua leveza...
Foram tantos reparos, remendos e fissuras, mas a confiança sempre foi a chave.
Nos momentos de medo eramos um pelo outro. De igual modo na calmaria.
No mar da solidão me pus a refletir, concluí que haveria de ser assim.
No mar da ilusão já me entreguei, inclusive me pus a mergulhar, até que reencontrei meu velho barco, distante, a me esperar.
No mar das incertezas foi ao leme, no que pude me agarrar.
No mar de angústias quase pus tudo a perder. Foi quando um sopro de bons ventos me levou a esquecer.
Tudo passa, já ouvi isso.
Quando eu passar, que os vestígios dessa embarcação de algum modo auxiliem novos navegantes.
PAULO PASSOS - 13/06/2022
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