segunda-feira, 13 de junho de 2022

Humilde Barco

É com ele que me entrego aos mares, seja de ilusões, medos, incertezas e êxtases.

Não se afunda, talvez pelo seu tamanho, sua leveza...

Foram tantos reparos, remendos e fissuras, mas a confiança sempre foi a chave.

Nos momentos de medo eramos um pelo outro. De igual modo na calmaria.

No mar da solidão me pus a refletir, concluí que haveria de ser assim.

No mar da ilusão já me entreguei, inclusive me pus a mergulhar, até que reencontrei meu velho barco, distante, a me esperar.

No mar das incertezas foi ao leme, no que pude me agarrar.

No mar de angústias quase pus tudo a perder. Foi quando um sopro de bons ventos me levou a esquecer.

Tudo passa, já ouvi isso.

Quando eu passar, que os vestígios dessa embarcação de algum modo auxiliem novos navegantes.


PAULO PASSOS - 13/06/2022

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