Mais uma vez, me encontro embriagado: prazer, álcool e sensação de impotência.
Mais uma vez me vejo ao lado dos demônios que me assistem criticar a sobriedade e me oferecem lapsos de memórias que sempre me conduzem ao sono.
A futilidade, a superficialidade deste maldito ritual segue a me atormentar a cada momento que tenho para mim.
A cada tropeço, novas promessas. Pouco progresso. Grandes passos, avanço lento. Longa viagem...
A cada questão, mais ódio, esse contra a minha própria pessoa, por não resistir ao canto da sereia.
Maldita sereia!
O tempo passa voando feito uma águia.
Quando percebo que, de peixe, nada... nada que traga progresso nesse meio.
Por outro lado, espírito forte o suficiente para profanar o culto ao ego.
Nada que acrescente o sagrado como se espera ser. Nada que engrandeça o que de fato à eles teria algum valor. Vejo tudo passar.
Contemplo a dor do ritual cotidiano, transpassar a carne do comum.
Sorrio... sou humano.
Transpiro tudo o que um dia fora inspiração.
PAULO PASSOS 07/03/2023
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