segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

VIRA-LATA



Sou eu mesmo,
Sem laços sanguíneos,
Nós atados pelo espírito,
Resistência em qualquer condição.
A liberdade é frígida,
Porém nos aquece;
O sangue faz o motor funcionar,
Meu suor, minha moeda,
A minha regra, nada que valha no seu mercado.
Não estou armado mas aguardo seus ataques.
Não perco tempo, o caminho é um só.
Na fé tudo acontece.
Transito nos ambientes adversos.
Em silêncio faço o estrago e não quero troféu.
O som toca baixo aos que têm ouvidos.
Em sua pequenez se fez grande aquele que soube fazer.
As proporções são outras, transformações incalculáveis.
Nada apaga esse Sol...
Nada paga minha condição.
Sou vira-lata...
O meu silencio é para você que não sabe ouvir.
Sou vira-lata e você não me vê porque não sou pedigree.

PAULO PASSOS
10/07/2019

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