Foi quando me senti mais seguro, caí...
Sabia que para todos eu estava mal.
Por outro lado eu estava me libertando.
De onde estou eu vejo coisas que você não
vê.
Com poucas observações seus argumentos vão
ao chão.
Quando me ocultaram todas as
possibilidades de uma vida saudável, pude ver as engrenagens desse grande
relógio.
Aquela dorzinha sua, aparentemente
superficial é muito mais profunda.
A ciranda deste mecânico espetáculo
aumenta e diminui a velocidade.
O giro desenfreado, a seresta, mórbido cântico,
ode ao fim.
Sexo como regra, a besta, grande
estrela...
Sem pais, país, paz...
“Ser você mesmo”: afastar-se de si.
“Viver a vida”: encher o cú de droga.
“Ser democrático”: amar a situação do
engraxate.
E você late quando a verdade é dita!
Feito cachorro mastiga seu papel.
Frente aos olhos, grosso véu.
Sem luz diz enxergar.
PAULO PASSOS - 09/12/2019
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