Não sou seu objeto de
estudo
Não serei analisado
pelas lentes de sua ambição.
Gritos semelhantes já
foram dados e nunca respeitados.
Gritos que pedem nada
mais que um alívio, entre bipes, toques e venenos visuais que afetam
diretamente a alma.
As necessidades que
você criou me fez criar nova necessidade.
Justificado meu ato
de permanecer em silêncio, pois já cansado não quero saber dessas suas balelas.
Faz das pessoas
instrumentos para uma distração autodestrutiva para a alma de todos.
Faz do sonho de cada
um desvanecer nos assuntos mais supérfluos possíveis.
Quer me levar rumo o
paredão, mas sorrindo, pois assim a carne é mais gostosa.
Não sou vítima, pois
caso fosse, seria mais um número na sua calculadora.
Não quero ser
contabilizado, quero apenas ser, por isso não sou vítima.
Enquanto houver
oportunidade, aos que têm ouvidos para ouvir: o mundo jaz no maligno.
PAULO PASSOS
24/11/2020